refere-se a atracção sexual e/ou romântica entre indivíduos de sexos opostos, e é considerada a mais comum orientação sexual nos seres humanos. A utilização corrente do termo tem as suas raízes na abrangente tradição da taxonomia da personalidade no século XIX. Esta continuou a influenciar o desenvolvimento do conceito moderno de orientação sexual, sendo associada ao amor romântico e identidade sexual adicionalmente ao seu exclusivo significado sexual. O adjectivo heterossexual é usado para descrever relações íntimas e/ou sexuais entre indivíduos do sexo masculino e do sexo feminino, os quais podem ou não identificar-se como heterossexuais. A heterossexualidade tem sido identificada, ao longo da história e na maioria das civilizações, como a "normal" ou "natural", decorrendo directamente da função biológica relacionada com o instinto sexual reprodutor sendo tudo o resto "anormal" ou "anti-natural". Contudo, tem-se verificado uma mudança na forma como o assunto é abordado pela opinião pública, comunidade científica e poder político, reforçando-se hoje em dia a diferença entre "maioria" (a heterossexualidade) e a "naturalidade" (inerente a qualquer orientação sexual). Organizações feministas e LGBT (lésbicas, gays, bissexuais e transgêneros) têm vindo a afirmar, em alguns casos até mesmo com vaias em diversos meios que o comportamento heterossexual foi, essencialmente, apresentado como único socialmente aceitável ao longo de gerações, motivado por costumes familiares, sociais e religiosos.